Dizer que religião na escola é
ilegal fica difícil sendo que consta na lei: nº 9.394/96,
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), em sua versão original, dizia no
art. 33:
O
ensino religioso, de matrícula facultativa, constitui
disciplina
dos horários normais das escolas públicas de ensino
fundamental,
sendo oferecido, sem ônus para os cofres
públicos,
de acordo com as preferências manifestadas
pelos
alunos ou por seus responsáveis, em caráter [...]
Podemos dizer que o tema não é de fácil abordagem,
principalmente porque mexe com os valores que as crianças já trazem de casa.
Muitos já têm a parte religiosa trabalhada pelos pais e na escola o tema
deve ser trabalhado de forma que nenhuma religião tenha ênfase maior que outra.
Porém o estado quando faz a contratação dos professores
não tem contato direto com a pessoa responsável pelas aulas, assim, sem um monitoramento mais rígido é impossível dizer que a aula de religião será totalmente imparcial, pois cada um de nós
temos nossas próprias crenças e dizer que isso não terá influencia sobre o
outro é muito difícil.
Banco de Imagem: www.inclusive.org.br
Como sabemos as crianças e adolescentes estão em fase de
formação e para ser aceito no grupo podem até ir contra seus princípios, pois
ainda não consegue diferenciar a respeito daquilo que acredita ser certo ou errado, verdadeiro ou falso.
O mais complicado é apresentar uma religião e ter que
tomar cuidado para que aquilo que foi dito não se torne verdade absoluta na
cabeça de quem houve. Se a ideia é diminuir a violência, aí a religião passa a
ser discutida como ética universal, e a questão religião ligada ao fanatismo
que muitos acreditam deve ficar de lado.
A religião sem os termos cristãos usados aqui no Brasil
em especial pode ser debatido como o principio do respeito ao próximo, sem que
aja distinção ao mesmo.
A escola pública
recebe todo tipo de alunos, que tem diversas crenças e é muito complicado impor uma
única verdade ou mesmo impor obrigatoriedade para o ensino de uma determinada crença religiosa em uma sala onde se mistura todos os objetos rítmicos
das diversas religiões existentes em nosso país, pode parecer para muitos falta
de respeito.
Cabe mesmo aos
pais e responsáveis direcionar a identidade religiosa da criança e adolescente
deixando os livres para escolherem de forma madura qual religião mais se
identificam.
Referência
Ensino religioso na escola pública: o
retorno
de uma polêmica recorrente
Carlos Roberto Jamil Cury
Universidade Federal de Minas Gerais,
Faculdade de Educação
Universidade Católica de Minas Gerais, Programa de
Pós-Graduação em Educação
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