quarta-feira, 8 de maio de 2013

Por que misturar escola com religião é ilegal?



Dizer que religião na escola é ilegal fica difícil sendo que consta na lei: nº 9.394/96, Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), em sua versão original, dizia no art. 33:
O ensino religioso, de matrícula facultativa, constitui
disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino
fundamental, sendo oferecido, sem ônus para os cofres
públicos, de acordo com as preferências manifestadas
pelos alunos ou por seus responsáveis, em caráter [...]
Podemos dizer que o tema não é de fácil abordagem, principalmente porque mexe com os valores que as crianças já trazem de casa. Muitos já têm a parte religiosa trabalhada pelos pais e na escola o tema deve ser trabalhado de forma que nenhuma religião tenha ênfase maior que outra.
Porém o estado quando faz a contratação dos professores não tem contato direto com a pessoa responsável pelas aulas, assim, sem um monitoramento mais rígido é impossível dizer que a aula de religião será totalmente imparcial, pois cada um de nós temos nossas próprias crenças e dizer que isso não terá influencia sobre o outro é muito difícil.

                                              Banco de Imagem: www.inclusive.org.br

Como sabemos as crianças e adolescentes estão em fase de formação e para ser aceito no grupo podem até ir contra seus princípios, pois ainda não consegue diferenciar a respeito daquilo que acredita ser certo ou errado, verdadeiro ou falso.
O mais complicado é apresentar uma religião e ter que tomar cuidado para que aquilo que foi dito não se torne verdade absoluta na cabeça de quem houve. Se a ideia é diminuir a violência, aí a religião passa a ser discutida como ética universal, e a questão religião ligada ao fanatismo que muitos acreditam deve ficar de lado.
A religião sem os termos cristãos usados aqui no Brasil em especial pode ser debatido como o principio do respeito ao próximo, sem que aja distinção ao mesmo.
 A escola pública recebe todo tipo de alunos, que tem diversas crenças e é muito complicado impor uma única verdade ou mesmo impor obrigatoriedade para o ensino de uma determinada crença religiosa em uma sala onde se mistura todos os objetos rítmicos das diversas religiões existentes em nosso país,  pode parecer para muitos falta de respeito.
 Cabe mesmo aos pais e responsáveis direcionar a identidade religiosa da criança e adolescente deixando os livres para escolherem de forma madura qual religião mais se identificam.   


Referência
Ensino religioso na escola pública: o retorno
de uma polêmica recorrente
Carlos Roberto Jamil Cury
Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Educação
Universidade Católica de Minas Gerais, Programa de Pós-Graduação em Educação

quarta-feira, 27 de março de 2013

"O diálogo em Freire: caminho para a humanização".


                    Nossa reflexão hoje é sobre humanização e para conduzir esta conversa nada mais justo que falarmos em Paulo Freire. Teórico que muito fez, buscando conscientizar as pessoas da grandeza que é o ser humano.Traze-lo para nossa reflexão é repensar-nos como pessoas e querer fazer a diferença.
                    Freire nos mostra em todas as suas falas a importância do respeito mútuo, nos mostra que somos seres que se conduzidos a pensar e a refletir temos um enorme potencial para fazer a diferença.
                    Todos nós temos uma cultura, uma experiência de vida que muitas vezes dentro do contexto histórico escolar em que vivemos não é levado em consideração, não tem a devida importância e através das reflexões de Paulo Freire somos conduzidos a pensar de forma critica e reflexiva buscando alternativas para que esta situação equivocada seja alterada, uma vez que todos os seres trazem consigo experiências de vida importantes de acordo com o contexto sociocultural em que vivem e se relacionam.
                      
Banco de imagem:http://www.ncpam.com.br/2011/06/homenagem-pelos-90-anos-de-paulo-freire.html


                    Portanto, na busca da construção de caminhos que nos levem a ter num futuro próximo um mundo mais humanizado e feliz os profissionais da educação devem estar abertos ao diálogo, fazendo que os educandos sejam sujeitos participantes no exercício da reflexão e assim desafiar o mundo atual buscando discutir e por em prática novas alternativas de produção do conhecimento de forma dialógica.
                       Segundo Freire “o diálogo se torna condição para o conhecimento. Conhecer é aprender o mundo e ninguém aprende sozinho”. Portanto sua proposta se dá para que nós como seres inacabados e inconclusos tenhamos consciência do nosso eu, da nossa atual situação e assim com um olhar mais amplo consigamos cada um com a sua vivência e partilhando experiências mudar a realidade a nossa volta através do diálogo e do exercício da argumentação.
                        Mesmo que a parte feita por cada um seja pequena, o que importa é que cada um de nós tenhamos vontade de mudar, e de transformar a realidade em nossa volta. E é a partir da tomada de consciência de que devemos desafiar os educandos a um olhar mais crítico e participativo em todas as dimensões da sociedade é que poderemos viver em um mundo melhor, humanizado e feliz.

Referências: www.paulofreire.org.br (acesso em 27/03/2013)

terça-feira, 12 de março de 2013

A reflexão da prática docente a partir do estágio


            O estágio é um momento único durante o processo de formação do professor e durante este período pode-se vivenciar na prática as teorias aprendidas em sala de aula.
O estágio permite entender a criança, como sujeito que constrói o conhecimento, ser que é capaz de pensar, e com potenciais a serem desenvolvidos e respeitados.
           Nos últimos anos, a educação mudou o seu olhar para a criança, começando a partir da Democracia do país, e com a criação de políticas públicas que ao logo do tempo já passaram por muitas reformulações e adaptações visando melhorias na educação infantil, mas muitas não saíram do papel, contudo houve um pequeno avanço e hoje podemos afirmar que a criança tem sido vista de maneira diferente, num processo sutil e lento.
          Durante a realização do estágio o aluno deve lançar um olhar investigativo, e não somente observar, mas também participar da rotina escolar, bem como colaborar desenvolvendo algumas atividades constituindo-se posteriormente professor com uma postura reflexiva utilizando as teorias aprendidas.

Banco de Imagemeducador.brasilescola.com 

           Por esta razão é extremamente importante que o professor tenha passado por um processo formativo adequado e tenha vivenciado o momento do estágio com uma participação frutuosa compreendendo que sua formação continuada será o diferencial para possibilitar aos seus futuros alunos as condições necessárias para um aprendizado efetivo. Melhorar a prática através da formação continuada é o que faz toda diferença, pois é através dela que o professor se prepara e tem mais confiança para orientar seus alunos e assim trabalhar com dignidade tendo a certeza de que esta no caminho certo.
          A docência não é uma capacidade inata, e sim uma carreira que, como outras, pressupõem esforço pessoal e formação que possibilite o domínio de aspectos teóricos e práticos ligados à aprendizagem. O docente que passa por uma formação qualificada pode contribuir com práticas pedagógicas mais comprometidas com a formação humana.
         Em suma, o estágio nos dá a oportunidade de estar, efetivamente, frente à sala de aula, e por consequência, ter a experiência como professor afim de que possa refletir analisar, questionar, ensinar e principalmente aprender como fazer. E durante esse processo de formação o aluno/professor necessita se colocar no lugar do outro professor observado e aprender a desenvolver sua prática, observando como transformar e modificar comportamentos e práticas em sala de aula para que os alunos possam construir um olhar crítico e romper comportamentos para também serem sujeitos de transformação social.